Geração Wish
- Wish News
- 10 de abr.
- 2 min de leitura
Como, de fato, é essa nova geração?
Durante décadas, a narrativa se repete: olhamos para os jovens com desconfiança. A cada nova geração, surgem as mesmas críticas — “são menos preparados”, “não lidam bem com frustrações”, “fogem de desafios”, “querem tudo para ontem”. Mas será que estamos, de fato, observando quem são esses jovens? Ou seguimos projetando expectativas ultrapassadas em um mundo que já se transformou?

A juventude que vemos todos os dias
Na convivência com nossos alunos, enxergamos algo completamente diferente. Vemos uma geração que não espera. Que aprende colocando a mão na massa, que questiona, que quer saber o porquê das coisas. Uma geração que entende que esforço e sucesso não se medem mais apenas por repetição, mas por impacto.
Eles cresceram em um mundo não linear, onde a relação entre causa e efeito já não explica tudo. Onde o conhecimento não está mais na memorização, mas na construção de sentido. Esses jovens criam, testam, conectam ideias, aprendem por meio da prática e constroem autonomia.
Não são alunos que precisam ser consertados para caber em formatos antigos. São jovens que buscam significado no que fazem. E isso muda tudo.
Novos tempos, novos desafios
É verdade que os desafios existem — e são grandes. Essa geração lida com um volume imenso de informações, com a pressão por resultados imediatos e com um ritmo acelerado que muitas vezes dificulta as pausas e o aprofundamento. Mas isso não é sinal de fraqueza. É apenas sinal de que os tempos mudaram, e com eles, mudaram também os problemas e as exigências.
O que antes era resolvido com fórmulas prontas, hoje exige pensamento crítico, criatividade e flexibilidade. Não é simples. Mas é exatamente por isso que a escola tem um papel fundamental.
O papel da escola nesse novo cenário
Se esperamos dessa geração que trabalhe por projetos, que encontre soluções criativas para problemas reais, que pense de forma crítica e colabore em rede, precisamos oferecer um ambiente de aprendizagem à altura.
A escola precisa ser o espaço onde eles desenvolvem consciência, autonomia e repertório para lidar com a complexidade do mundo. Um lugar que respeita o tempo da descoberta, que promove conexões significativas entre áreas do saber e que entende que educar é muito mais do que transmitir conteúdo — é preparar para a vida.
Não temos dúvidas: estamos diante de uma geração potente. E o nosso papel é ajudá-la a florescer.
Essa é a Geração Wish.
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