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Provocações de projetos

O processo de escolha dos projetos na Wish.

O início do ano letivo na Wish não é apenas um período de adaptação – é um tempo de descoberta. Enquanto os alunos reencontram os amigos, conhecem novos colegas e se familiarizam com os espaços, há uma pergunta que começa a ecoar: o que vamos estudar?

Na Wish, a resposta para essa pergunta não vem pronta. Não há um roteiro fixo nem um currículo engessado que dite quais serão os projetos do semestre. Aqui, os próprios alunos constroem esse caminho, com base em suas curiosidades, perguntas e interesses. Mas como isso acontece?

Como eles escolhem?

Nas primeiras semanas de aula, professores e tutores organizam um conjunto de provocações. Essas provocações são experiências planejadas para despertar a curiosidade e estimular a exploração ativa. Podem ser atividades mais dinâmicas, investigações, propostas mão na massa ou até interações com materiais inesperados. O objetivo é simples: oferecer possibilidades para que os alunos mergulhem em diferentes temas e revelem seus interesses.

A cada provocação, os educadores observam atentamente. Quais perguntas surgem? Quais temas fazem os alunos falarem sem parar? Onde os olhinhos brilham? As respostas começam a aparecer.

Em uma turma da Educação Infantil, por exemplo, uma das provocações envolvia insetos. As crianças exploraram diferentes espécies, observaram detalhes, fizeram perguntas. Mas, em outro momento, começaram a falar sobre animais imaginários – e essa nova curiosidade abriu uma nova linha de investigação. Será que esse poderia ser o tema do projeto?

Esse olhar investigativo se repete em todas as turmas. Algumas descobertas surgem de temas que já aparecem nas conversas do dia a dia. Outras podem nascer de discussões sociais mais amplas, de acontecimentos do mundo ou de necessidades específicas daquela turma. O essencial é que os projetos emergem da escuta ativa e do respeito aos interesses reais dos alunos.

A construção dos projetos

Depois desse período inicial de exploração, os temas começam a tomar forma. A escola não define um único caminho – ela constrói junto com os alunos. O que começou como uma provocação se transforma em uma pergunta norteadora, que dá sentido ao aprendizado do semestre.

A partir desse momento, todas as disciplinas se conectam ao tema escolhido. Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, Artes – cada uma entra no processo de forma interdisciplinar, tornando o aprendizado mais significativo. Não se trata de aprender conteúdos isolados, mas de aprender dentro de um contexto que faz sentido para os alunos.

Por isso, um projeto nunca é igual ao outro. Porque cada grupo, a cada ano, traz novos interesses, novas perguntas e novas formas de se relacionar com o mundo.

Aprender com sentido

Quando os alunos participam ativamente da escolha do que vão estudar, o aprendizado deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma jornada de descobertas. Eles se sentem protagonistas, desenvolvem autonomia e compreendem que o conhecimento não está apenas nos livros, mas na investigação, na experimentação e na troca.

Acreditamos que aprender não é apenas memorizar – é explorar, questionar e construir sentido para o que se aprende. E tudo começa com uma simples pergunta: o que eu quero estudar?



 
 
 

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