Como participação e diálogo pode formar adolescentes responsáveis?
No início de cada ano letivo, um costume já conhecido pelos alunos da Wish se repete: a revisão e construção coletiva das regras. Mas, diferentemente de um conjunto de normas impostas, esse momento é um exercício de autonomia, reflexão e diálogo. Afinal, quem melhor para estabelecer as diretrizes da convivência do que aqueles que as viverão todos os dias?
Reunidos em roda, os alunos discutem suas experiências e identificam o que é essencial para que o espaço funcione bem para todos. Como garantir que os materiais sejam cuidados? Como manter o ambiente respeitoso e acolhedor? Como equilibrar diversão e responsabilidade? Cada questão abre caminho para uma conversa significativa, onde argumentos são levantados, opiniões são ouvidas e consensos são construídos.
A necessidade de lavar os próprios copos depois do uso, por exemplo, não surge como uma ordem, mas como uma decisão coletiva baseada na lógica de respeito ao espaço compartilhado. A negociação sobre mascar chiclete, o uso adequado dos aparelhos de circo, o percurso entre as duas unidades da escola, a forma como nos comunicamos, os limites no uso de eletrônicos – tudo passa pelo olhar crítico e participativo dos próprios estudantes.
O que os jovens pensam?
Mais do que definir o que pode ou não pode, esse processo ensina sobre responsabilidade, escuta e convivência. Ao participarem ativamente da criação das regras, os alunos compreendem o porquê de cada decisão e se sentem responsáveis por mantê-las. E, assim, as regras deixam de ser apenas um conjunto de restrições para se tornarem acordos que fazem sentido e que refletem o compromisso de cada um com a comunidade escolar.
Na Wish, as regras não são apenas sobre convivência. Elas são sobre pertencimento.

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