Educar para reparar: machismo
- Wish Team
- 28 de mai.
- 2 min de leitura
Como conversar sobre o machismo com as crianças
Na Wish, acreditamos que a escola é também um espaço de transformação social. E transformar significa, muitas vezes, escutar. Foi exatamente isso que aconteceu durante uma potente roda de conversa com os estudantes, marcada por relatos de mulheres sobre situações em que se sentiram vítimas do machismo.
A escuta calou. Tocou. Gerou incômodo. E esse incômodo virou pergunta:
O que é uma atitude anti-machista?
Como podemos, crianças e adultos, agir para que o machismo não siga moldando silenciosamente nossas relações?
Na roda que se seguiu, os estudantes puderam colocar em palavras o que sentiram e, mais ainda, o que acreditam que pode ser feito. Falaram sobre respeito, empatia, escuta. Falaram sobre rever comportamentos, acolher a dor do outro, reconhecer privilégios.
Mas o movimento não parou ali. A conversa ultrapassou os muros da escola e ganhou força nas casas, com famílias que se engajaram de maneira viva e ativa nesse processo. Algumas releram o livro da Malala, outras iniciaram uma rotina diária de leitura de “As Cientistas: 50 Mulheres que Mudaram o Mundo”. Pais comentaram como essa conversa os levou a refletir sobre suas próprias práticas e, mais do que isso, reconheceram a importância de homens também se colocarem como agentes ativos nessa transformação.
Em um dos relatos recebidos, um pai compartilhou: “Acho que seria legal envolver os homens — pais, avôs, tios... Ouvir deles que o pensamento mudou, que hoje não se age mais como antes, também é educativo. Não pode sempre ficar para as mulheres.”
Outra família comentou: “Nós, mulheres, acabamos sempre nos responsabilizando por ensinar os meninos sobre como não serem machistas. Mas a participação ativa dos homens é essencial.”
São palavras que revelam o que acreditamos profundamente: educar para o respeito é um projeto coletivo. Não é papel apenas das meninas, das mulheres, das mães. É um trabalho que deve ser assumido por todos — homens e mulheres, adultos e crianças — em parceria.

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