Brinquedos educativos podem ser excelentes aliados no desenvolvimento infantil.
Bons parceiros da imaginação e ludicidade das crianças, eles podem proporcionar excelentes momentos de brincadeira e criatividade.
Nesse texto, falaremos um pouco sobre a qualidade dessa oferta de brinquedos e também sobre as melhores formas de inserir os brinquedos educativos na rotina das crianças.
Por que refletir sobre os brinquedos que oferecemos às crianças?
Ao pensarmos em brinquedos para a infância, a primeira imagem que vem à mente são objetos multicoloridos, frequentemente de plástico, muitas vezes com luzes e sons.
Essas são certamente opções mas, será que são as únicas, ou ainda, as mais adequadas para o tipo de interação com o mundo que queremos fomentar?
Quanto mais aberto a interpretações o brinquedo for, maior a gama de possibilidades que ele vai oferecer para a criança: um bloco de montar pode virar um caminhão, um avião ou até um cavalo.
Brinquedos que "fazem tudo" pela criança deixam pouco espaço para criação e imaginação.
Como a educação holística vê a relação dos briquedos com a qualidade de interação que as crianças podem ter
A educação holística (”holon” = inteiro, integral) é uma abordagem que acredita que todos os aspectos da experiência humana devem ser considerados, não só o intelecto racional, mas também os aspectos físicos, emocionais, sociais, culturais, criativos, intuitivos e espirituais da natureza de cada ser humano.
Nesse contexto os brinquedos podem ter características e finalidades não usuais, mas extremamente importantes para que as crianças possam ter, nesses objetos, um suporte para estabelecer relações saudáveis consigo mesmas, com seus pares e com o mundo.
Traremos aqui alguns exemplos:
Pote da calma
Um pote da calma pode ajudar a criança a se relacionar de maneira lúdica com seus sentimentos.
Uma simples garrafa cheia de água e glitter diverte, entretém e pode, quando a criança estiver precisando, ajudar a acalmar um momento de raiva, frustração ou descontentamento.
Ao observar o glitter baixar, a criança vai respirando e se acalmando.

Fonte: Google
Potes de diferentes formatos e tamanhos, funis, peneiras.
Colocar esse tipo de objeto próximo a recipientes ou locais com água ou areia, por exemplo, pode garantir horas de brincadeiras de encher, esvaziar, trocar de pote, se arriscar com quantidades, "cozinhar", etc, etc, etc.

Fonte: Arquivo Wish School
Elementos da natureza
Elementos da natureza podem ser brinquedos excelentes.
Eles garantem texturas, cheiros e cores que nenhum brinquedo de loja pode oferecer.
Usar elementos naturais para composições estéticas, misturas "culinárias", exploração sensorial, criação de categorias, coleções… As possibilidades são intermináveis.


Fonte: Arquivo Wish School
Objetos do "mundo adulto"
Objetos do "mundo adulto" podem ser excelentes aliados do jogo simbólico. As crianças nos observam o tempo todo e se divertem ao utilizarem os mesmos artefatos que utilizamos: um telefone, um computador, um secador de cabelo que não funcionam mais podem garantir um escritório, uma casinha, um salão de beleza muito mais interessantes do que os "infantis", normalmente de plástico.


Fonte: Arquivo Wish School
Acessórios
Pedaços de pano e acessórios (óculos, chapéus, tiaras, etc) podem transformar uma brincadeira cotidiana numa verdadeira festa. Um pedaço grande de tecido pode fazer um vestido de gala, virar uma capa de super herói e até ser a estrutura de uma cabana. O material é simples e não estruturado de propósito para que a criança possa utilizá-lo do jeito que a imaginação pedir.

Fonte: Arquivo Wish School
Para a educação holística, a importância está muito mais no brincar do que no brinquedo. Assim, a brincadeira tem presença garantida na nossa rotina.
Sabemos que é brincando que a criança apreende o mundo e também se expressa, é um exercício de confiança no outro, na natureza e em si mesmo.
O brinquedo, nessa perspectiva, se apresenta não como protagonista mas como um importante coadjuvante para as ações da criança.
"Confiar no brincar é confiar na alegria, é confiar no encontro. Brincar é estar no mundo e confiar que ele vai dar certo, que tudo pode ser melhor, se estivermos firmes e atentos ao valor da vida.” (Aliança pela infância)
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por Marina Gadioli e Andressa Lutiano
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